Não só de Megapixels é feita uma câmera digital!
É uma pena que a maioria das pessoas que estão procurando uma câmera digital se preocupe apenas com a quantidade de megapixels que seu novo brinquedinho oferece.
Já ouvi da boca de vários amigos a mesma coisa: “comprei uma câmera digital, ela tem ‘n’ megapixels”. Até aí tudo bem, o problema é a discussão que isso gera… uma pessoa tentando desbancar a outra, comparando a resolução de suas câmeras.
Porém não só de megapixels é feita uma câmera digital, existem diversos outros fatores que devemos levar em consideração na hora da compra, fatores estes que certamente irão contar muito depois de algum tempo de uso da nova câmera.
Antes de comprar uma câmera procure pesquisar pela internet sobre suas funções, e tenha em mente para que você vai precisar dela com mais freqüência. Se você não pretende aprender a fundo técnicas fotográficas e deseja uma câmera para tirar fotos rapidamente, sem se preocupar com nada então lhe recomendo uma câmera automática, que ajusta todas as configurações sozinha. Seu único trabalho é apontar para o assunto e tirar a foto, por isso é chamada de câmera “point-and-shot”.
Deseja tirar fotos de festas, shows e eventos em ambientes fechados? Então lhe recomendo comprar uma câmera com maior sensibilidade ISO (antigamente era conhecido como ASA, nas câmeras de filme).
Existem câmeras no mercado com fator ISO ajustável, com valor 50, 80, 100… 400… 1600 e por aí vai. Quanto maior este valor, mais sensível à luz ela é, assim você consegue boas fotos em condições baixas de iluminação. Mas cuidado! nestes casos é importante prestar atenção no “ruído” presente nessas fotos devido ao tamanho do sensor da câmera. Para economizar dinheiro os fabricantes colocam um sensor pequeno nas câmeras, e juntando isso com o ISO elevado temos aí o ruído, que são aqueles pontinhos de cores estranhas que aparecem nas fotos.
A única maneira de comprar uma câmera que apresente pouco ruído em ambientes de pouca luz, é testando uma que você considere as fotos como “aceitáveis” para uma futura impressão, quem sabe. Não existe uma medição específica para o ruído que a câmera apresenta, e os fabricantes também não fazem questão disso 😉
Se você gosta de tirar fotos com mais precisão e controlar todo o equipamento, o ideal é investir em câmeras que trabalhem de maneira manual. Com estas é possível controlar tudo, desde resolução, abertura da lente, tempo de exposição, ISO, balanço de branco, potência do flash, entre outros. Câmeras assim já estão bem mais acessíveis nos dias de hoje, financeiramente falando.
Evite também câmeras de marcas duvidosas, desconhecidas, como a maioria destas vendidas na TV a preços exorbitantes e com qualidade bem mais ou menos. As empresas que geralmente anunciam este tipo de equipamento ainda abusam do marketing. Anunciam uma câmera com muitos megapixels, mais quase sempre o valor efetivo da resolução é muito, mais muito mais baixo do que o anunciado. Então qual o motivo destas câmeras terem tantos megapixels? A resposta é simples… a própria câmera “e s t i c a” a foto, fazendo com que ela chegue à resolução desejada, e isso “destrói” a definição da imagem original.
Câmeras boas dificilmente tem a função de “webcam”, “gravador de áudio”, “mp3 e mp4” embutido. Câmeras assim utilizam destas “perfumarias” para disfarçar o que realmente interessa: fotografar com qualidade.
Verifique também se a câmera que pretende comprar possui o “Zoom Ótico”, que aproxima o objeto a ser fotografado pelas lentes da câmera, e não utilizando o “Zoom Digital”, que aproxima o objeto esticando ainda mais a imagem internamente e prejudicando o resultado final.
Procure câmeras de marcas conhecidas, na maioria dos casos estas não irão decepcionar. Não as compre somente pelo seu valor em megapixels, pois você pode se arrepender muito ao chegar em casa após um show, ou uma viagem e rever as fotos com atenção no computador. Aí… o momento já passou!
A Salada Eletrônica 